terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Valeu, Fenômeno!

Desde 1994, Ronaldo, outrora Ronaldinho, desfila pelos gramados do mundo inteiro desmonstrando todo talento que Deus lhe deu. Pode até ter uma parcela de treino técnico e físico, mas tenha certeza que ele não conquistaria nada se não fosse o dom com que nasceu. Infelizmente, como tudo na vida, sua carreira chegou ao fim. Quem teve a oportunidade de vê-lo jogando viu, quem não teve, só em arquivo.

De São Cristovam para o Mundo. Começou no Cruzeiro, magricela como nunca antes visto. Foi jogar na Holanda pelo PSV onde adquiriu massa muscular para se tornar um touro e viver sua melhor fase no Barcelona, logo em seguida. Transferiu-se para a Itália onde ganhou o apelido de Fenômeno na Internazionale de Milão.
No Real Madrid, em 2002, começou jogando bem, mas o tempo desgastou sua relação com a torcida espanhola, e pela primeira vez em sua vida foi chamado de "gordo". Com a chegada de Van Nisterooy e a reserva, Ronaldo voltou para Itália para jogar no Milan. No fim de 2008, assinou com o Sport Club Corinthians Paulista, após treinar por quase um semestre no Flamengo. Em duas temporadas conquistou um Campeonato Paulista, em 2009, e uma Copa do Brasil, também em 2009.

Nem só de glórias viveu este ídolo mundial. Passou por diversas cirurgias, duas contusões gravíssimas nos joelhos, que segundo fontes obscuras seriam provenientes da massa muscular adquirida de forma contra-indicada enquanto jogava na Holanda.
A primeira no joelho direito, enquanto jogava na Internazionale, fez o mundo se emocionar ao ver a dor estampada no rosto do fenômeno.
A segunda veio quase dez anos depois, também jogando na Itália. Mais uma vez não teve como encarar aquela situação como se fosse qualquer um. Muitos apontaram o fim de sua carreira, mas como na primeira vez, ele deu a volta por cima.

Poucos combinaram tão bem com a amarelinha quanto ele. A camisa mais vitóriosa do planeta Terra parecia não pesar sob seus ombros. Jogou quatro Copas do Mundo. Em 1994, com apenas 17 anos, viu do banco de reservas o Brasil sair da fila e conquistar o tetra comandando por Romário e Bebeto.
Quatro anos depois, em 1998, Ronaldo já era a grande estrela brasileira. Um Mundial perfeito, até a final. Um mal súbito o tirou das três primeiras escalações divulgadas à imprensa. Sem entender nada, os brasileiros viram Ronaldinho entrar em campo diferente, sem a mesma pegada de sempre. França vence por 3 a 0 em um subúrbio de Paris, e adia o sonho do penta por 4 anos.
Alias, anos dificeis estes. Com pouquíssimo tempo em atividade devido a sua contusão no joelho, Ronaldo foi bancado por Felipão e levado à primeira Copa do Mundo sediada por dois países, Coreia e Japão, em 2002. Juntamente com Roberto Carlos, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo, os quatro "Rs", o penta foi conquistado e enfim Ronaldo tornou-se um ídolo também no Brasil.
Em 2006, em meio a um clima de muito oba-oba, Ronaldo e o quadrado mágico deixou a Alemanha nas quartas-de-final, após perder novamente para a França. Apesar do saldo negativo, o Fenômeno fez três gols durante este último Mundial e tornou-se o maior artilheiro da história das Copas, com 15 gols.

"Sou Ronaldo/ Nasci no Rio de Janeiro/ Alô alô Bento Ribeiro é minha área/ eu sou Ronaldo", conta Marcelo D2 em uma de suas mais brilhantes composições. Ronaldo foi o melhor jogador que vi em campo, e o segundo maior da história, perdendo somente para Pelé.

Valeu por tudo, Fenômeno! Pelo encantamento, pela magia, pelo exemplo. Serás para sempre um ídolo.

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