quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A força das arquibancadas

Desde que voltei a escrever aqui, já fiz textos elogiando times do interior como o Brusque por exemplo, logo após a vitória sobre o Avaí na segunda rodada. Ontem, escrevi sobre o jogo entre Chapecoense e Figueirense, e fui obrigado a me curvar sobre o belo futebol apresentado pelo time do oeste de Santa Catarina. Apesar do bom futebol, o que realmente tem feito a diferença para estes clubes que não tem tanta tradição quanto os da capital, Joinville e Criciúma, são seus torcedores.

O que mais poderia explicar a situação do Figueirense que não isso? Líder do campeonato, o alvinegro já realizou três partidas em casa, e acabou vencendo todas goleando. Fora de casa, o time que é tão temido em seus domínios tem passado por apuros. Na estreia, empate contra o Metrô, que jogou melhor. Em Itajaí mais um empate, com o Marcílio dominando a partida. E por fim, ontem a Chapecoense mandou no primeiro tempo e jogou de igual para igual na segunda etapa, com sorte, o alvinegro saiu com um ponto de Chapecó.
Outra prova que a torcida está ajudando, e muito, os chamados "pequenos" neste estadual, é que os dois que menos botam torcida são os que menos pontuaram até então: Concórdia e Imbituba.

Eles são torcedores, eles são apaixonados, eles são chatos. Cantam durante noventa minutos jogando seu time pra frente, e quando sobra tempo ainda conseguem enfurecer os adversários. Reinaldo do Figueira, por exemplo, deixou explícito sua raiva na partida contra o Márcilio. Enquanto a torcida ia o depreciando, ele ia perdendo a cabeça e chegou até a tomar cartão amarelo por reclamação.

Marquinhos Santos do Leão é outro caso. A torcida do CA Metropolitano o ofendeu como pôde durante os 90 minutos do jogo entre a equipe de Blumenau e o Avaí. No fim da partida, Marquinhos perdeu um pênalti. É claro que não foi diretamente por isso, mas que o psicológico interfere nessas horas, ah interfere!

Eles não tem muito dinheiro disponível para contratações, eles não tem uma folha salarial alta, mas eles tem torcedores de verdade. A torcida está para o futebol hoje, assim como Jesus está para o natal. Ela é o verdadeiro motivo para aquilo tudo existir, mas a maioria nem se lembra mais disso.

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