quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ele era o que faltava

Reserva no acesso avaiano para a Série A em 2008 e um dos destaques na melhor campanha de um catarinense na elite do futebol brasileiro jogando pelo Leão em 2009, William deixou o Avaí em 2010 para seguir os passos do comandante Silas no Grêmio. Não deu certo, após pouco tempo de clube e uma escassez de gols marcados de sua parte, a torcida tricolor não aceitava mais vê-lo defendendo as cores do imortal e por isso foi cedido por empréstimo à Ponte Preta para disputar a Série B até o fim da temporada. No começo deste ano, quando menos se esperava, William apareceu na Ressacada pronto para voltar a atuar pelo Leão, para a alegria de ambos.

Depois de marcar na sua reestreia logo no clássico do Orlando Scarpelli, William marcou mais dois gols no jogo contra o Marcílio Dias na noite de hoje, garantindo mais três pontos para o Avaí no campeonato. O primeiro saiu do cruzamento do volante Bruno pelo lado direito, o camisa 9 esticou-se todo pra cutucar para o fundo das redes. O segundo pintou só na etapa final: após ótimo lançamento do goleiro Zé Carlos o centro-avante avaiano saiu na cara do gol, William teve então apenas o trabalho de tirar de Márcio e correr pro abraço.
Já passava dos 40 minutos da segunda etapa quando Dioney recebeu dentro da área e acertou um ótimo chute cruzado tirando de Zé Carlos e dimiuindo a diferença no marcador. Não foi o bastante, o jogo terminou em 2 a 1 e William e seus companheiros voltaram felizes para casa.

Com o resultado, o Avaí atinge a marca de 4 jogos sem derrota e começa a dar esperanças para seu torcedor. Tudo começou no empate contra o Metropolitano, depois veio a vitória em casa contra o JEC, empate contra o líder e rival Figueirense e por fim esta vitória contra o Marinheiro. Sem nenhum ponto até a quarta rodada, o Avaí somou 8 pontos nas quatro partidas seguintes, começando a recuperação que já pregava William quando ainda estava no departamento médico, dizendo que quando o time estivesse completo o futebol ia mudar. Não deu outra.

Além de ser um ídolo da torcida avaiana, William encaixou no time de forma sublime pois ocupa justamente a posição que o Leão foi carente enquanto esteve de fora. Vágner Benazzi começou testando Arthuro que tem tudo para ser um ótimo atacante, menos futebol. Com a chegada de Rafael Coelho, Maurício Alves se tornou a bola da vez. O camisa 17 tem muita raça e velocidade, porém peca na finalização. William caiu como uma luva no esquema de Benazzi, ele prende a bola, tem muita raça, e o mais importante para um centro-avante, sabe fazer gols.

William era o que faltava no Avaí. William é a cara do Avaí.
Foto: Flávio Neves

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