quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Digno de uma final

Não, ainda não era a final do turno, mas bem que poderia. Quem viu não se arrependeu, Chapecoense e Figueirense protagonizaram na noite de hoje o melhor jogo deste Campeonato Catarinense até então. Raça, emoção, lances bonitos e é claro, gols, muitos gols.

O técnico do Verdão falou que iria para cima no primeiro tempo, e não estava mentindo. A Chape dominou amplamente o jogo em sua primeira etapa. Ataques atrás de ataques faziam com que Wilson tivesse que dar tudo de si para evitar o resultado negativo. Nem em seus piores pesadelos o técnico alvinegro Márcio Goiano tinha visto o camisa 11 do adversário, o baixinho Aloísio. Ele importunou a zaga do Figueira do inicio ao fim mas não conseguiu furar o bloqueio, pelo menos no primeiro tempo.

A bronca deve ter sido grande nos jogadores do Figueirense no intervalo, e surtiu efeito rapidamente. Aos 2 minutos de etapa final, Breitner levantou bola na área, ela passou por todo mundo até chegar ao zagueiro Renato, que marcou seu terceiro na competição. Dez minutos e a Chape empatou com Aloísio em um pênalti infantil cometido por Bruno.
A grande diferença de Aloísio do primeiro para o segundo tempo, é que ele manteve a técnica mas voltou com a capacidade de finalização aguçada. Aproveitando-se disso, ele virou o jogo a favor do time de Chapecó com um arremate de fora da área que ainda contou com o desvio de João Paulo Goiano.
Dois minutos depois e o Figueirense chegava novamente à igualdade. Após bela jogada de Bruno pela direita, Breitner finalizou de frente para o gol: 2 a 2.
Já passava dos 30 quando Valdanes, que havia acabado de entrar, cruzou para Evérton César botar o Índio em vantagem mais uma vez.
Mais um apagão na Chape e nem dois minutos após fazer o terceiro gol, o time levou o empate. Breitner cobrou escanteio para o zagueiro Cléber Goiano, em uma infelicidade, marcar contra.
Um jogo com tanta emoção não poderia ter um fim qualquer. Aos 45 minutos, quando o árbitro Zé Acácio da Rocha já havia apontado dois minutos de descontos para a partida, o goleiro Wilson fez uma defesa sensacional após o toque de cabeça do atacante Rogério, garantindo o empate em 3 a 3.

A Chapecoense, pouco acreditada no início do campeonato, vai mostrando que é capaz de buscar o título que veio pela última vez em 2007. Em um elenco que mescla experiência com juventude, o ataque vai se destacando. Neilson e Aloisio têm levado as defesas adversárias ao desespero com sua velocidade impressionante.
Já o Figueira tem como ponto forte o entrosamento. Pouquíssimos jogadores que conquistaram o acesso no ano passado deixaram o clube, e esses mesmos são vistos hoje como não fazendo falta ao elenco alvinegro, já que o a diretoria contratou com muita qualidade. O maior exemplo disso é o meia Breitner, que está no Orlando Scarpelli vindo por empréstimo do Santos. Mesmo em um dia pouco inspirado, como no jogo de hoje, ele deu duas assistências e ainda marcou o seu.

Ainda falta muito para o fim do turno, mas não é nenhum absurdo dizer que as duas equipes se credenciam a decidir isso. Mas tem que continuar fazendo por merecer!
Foto: Sirli Freitas

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