sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A Seleção que o povo gosta

Ontem eu acabara de sair do gramado onde pratico a pelada semanal, quando começou o segundo jogo do hexagonal final do Sul Americano sub-20, que dá duas vagas aos jogos olímpicos de Londres. Sentei ao lado de meus amigos para discutirmos o futebol, como sempre fazemos após os jogos, quando recebo o alerta: gol do Brasil.
De imediato começaram os elogios ao time comandado por Ney Franco. "Esses meninos estão jogando demais", "vamos ser campeões", "não foi no Neymar?". Será que realmente é pra tudo isso? Nenhum deles imaginária o que ainda estava por vir.

A Colômbia fez um jogo duro, marcou, defendeu, atacou - sem tanta qualidade, o que explica a falta de gols marcados - e por muito pouco não chegou ao empate. No fim, Lucas deixou Diego Maurício na cara do gol e o atacante do Flamengo ampliou a vantagem, mascarando com 2 a 0 o que poderia ter acabado com um empate.

O momento é de euforia, de elogios, como já dito anteriormente, mas ainda há muito a ser corrigido, a começar pela irregularidade desta Seleção. Um jogo muito bom, seguido de um jogo muito ruim, e assim por diante. Tem sido assim neste pré-olímpico. As vezes a irregularidade está dentro de um só jogo. Contra o Chile por exemplo, o Brasil fez um primeiro tempo com mais baixos do que altos, porém voltou com tudo na segunda etapa transformando o empate em diferença de quatro tentos.

Outra coisa que tem me deixado furioso é a rotatividade do ataque. Qual foi a última vez que Ney Franco escalou o mesmo ataque por dois jogos seguidos? Tem sido sempre Neymar mais um. Já foi Henrique, Willian José, e ontem a vez do Drogbinha, que na minha visão, é o que mais merece a titularidade pelo que tem feito nos jogos. Aliás, como diria Tiago Cordeiro, acho equivocado chamarem o Diego de Drogbinha, o certo seria passar a chamar o tal Drogba por Diegão.

Por fim, chamo a atenção de Ney Franco quanto ao posicionamento de Lucas. Já havia passado dos 30 minutos da segunda etapa quando percebi que o garoto estava em campo. Ficou completamente sumido enquanto fazia o papel de segundo volante pelo lado direito. Com a habilidade, velocidade e técnica que ele tem, coloca-lo para jogar onde jogou é quase um crime. A maior prova disso é que bastou uma bola cair em seu pé para assistir Diego Maurício com muita qualidade no segundo gol brasileiro.

Pela frente o maior desafio destes jogos, a bicampeã olímpica Argentina. Além de toda a rivalidade que orbita ao redor do confronto, os hermanos precisam da vitória já que começaram o hexagonal com derrota. O jogo será as 23h10 de domingo. É esperar pra ver.

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