E o que dizer de "Umbabarauma"? Essa eu respondo sem titubear: homem-gol! Umbabarauma é um centro-avante à moda antiga: "pula, pula, cai, levanta, sobe, desce, corre, chuta", e depois, é claro, "vibra e agradece". No futebol moderno, pontas-de-lança africanos como tal estão em falta. No entanto, se conseguirmos um dia juntar o estilo grandão e carrancudo de Adebayor, do Real Madrid, com a técnica e velocidade de Samuel Eto'o, da Internazionale, poderíamos recriar o atacante lendário da música de Jorge Ben Jor.
Além disso, Umbabarauma poderia juntar-se tranquilamente ao time composto por Pelé e outros craques citados no primeiro parágrafo, já que é um daqueles jogadores que o cidadão larga tudo para poder ver e assim esquecer de seus problemas. "Olha que a cidade ficou toda vazia nessa tarde bonita só pra te ver jogar".
E é claro, eu não poderia fazer um texto sobre música e futebol sem deixar sequer uma lembrança ao Skank e seu hino "É uma partida de futebol". Em versos simples, Samuel Rosa conta toda a emoção que transborda em meio ao pré- jogo, 90 minutos de bola rolando e pós-jogo. Tal qual "a flâmula pendurada na parede do quarto", "bola na trave não altera o placar" e "mas se ele ganha, não adianta, não há ganganta que não pare de cantar", respectivamente.
O texto acima é inspirado no livro Futebol no País da Música, do jornalista Beto Xavier. Mas afinal: futebol no país da música ou música no país do futebol? Quer saber? Música e futebol no país da genialidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário