terça-feira, 19 de julho de 2011

Eu aposto no Adílson Batista!

Três trabalhos ruins em 11 meses e a promissora carreira do técnico Adílson Batista parecia ir de mal a pior. Passagens terríveis por Corinthians, Santos e Atlético Paranaense o credenciaram a um patamar inferior no seus próximos clubes. Eis que um dos maiores do Brasil decidiu dar uma nova chance ao talentoso treinador. Clube que se intitula o primeiro entre os fortes e grandes, mostra-se agora bastante corajoso.

Todos o conhecem pelo grande trabalho no Cruzeiro, onde foi bicampeão mineiro e chegou a uma final de Libertadores, mas poucos lembram o que o Capitão América havia feito para chegar a este degrau. Espetacular no início da década passada, Adílson ficou conhecido por salvar desesperados da briga contra o rebaixamento: Grêmio (2003), Paysandu (2004) e Figueirense (2005).
E foi neste último que teve enfim a chance de começar um trabalho. Com o sucesso obtido em Santa Catarina, Adilson teve a oportunidade de montar o elenco do Figueira para a temporada 2006. Em um semestre, conquistou o Campeonato Catarinense e deixou o alvinegro na parada para a Copa do Mundo em uma excelente condição no Brasileiro.

Depois de deixar o Cruzeiro em 2010 com 63,7% de aproveitamento comandando o clube mineiro, transferiu-se rapidamente para o Corinthians, onde não teve a mesma sorte. Assumiu o Timão brigando pelo título e se demitiu após 17 partidas.
No Santos desde a primeira partida de 2011, não conseguiu produzir com o time de Neymar e Elano, que posteriormente veio a tornar-se o campeão da América.
No Atlético-PR conseguiu piorar. Em 14 jogos foram 6 derrotas, 4 empates e apenas 4 vitórias. Na lanterna do Campeonato Brasileiro, avisou que não teria competência para reverter a situação e deixou o abacaxi nas mãos de Renato Gaúcho.

Apesar da má fase, não acho que o Tricolor do Morumbi tenha feito uma aposta ao contratar Adílson Batista. Num clube que gosta de jogar defendendo e conta com grandes talentos na frente - caso de Lucas, Dagoberto, Rivaldo etc. - o treinador paranaense tem tudo para voltar a alçar voos mais altos e longos.
Um pouco de sorte, essencial no futebol, e uma "cabeça-menos-dura", seu pior demérito, serão fundamentais para o sucesso no São Paulo. Sucesso que eu julgo justo e previsível. Eu não aposto em Adílson Batista, eu acredito.

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