domingo, 17 de julho de 2011

O fracasso da nova geração - Brasil 0(0)x(2)0 Paraguai

Eu não sei nem por onde começar. É muito difícil escrever algo enquanto torcedor, mas por vezes é necessário que isso aconteça. Até o dia de hoje encarei o tímido futebol da Seleção Brasileira - que não nos deixa desde o comando de Carlos Alberto Parreira na sua passagem entre 2002-2006 - normal.
É sério. Apesar do bom toque de bola e das vitórias convincentes terem sumido desde então, eu sempre achei que a qualquer hora tudo voltaria aos trilhos. Talvez eu estivesse como os atuais jogadores da seleção, achando que o gol brasileiro sairia na hora que quisessem. Poderiam também estar esperando um toque de bico do Ronaldo, um lançamento perfeito de Rivaldo ou uma falta bem batida por Roberto Carlos que pudesse definir a classificação.
No fundo, o que acontece, é que é muito duro para brasileiros, os mais vezes campeões mundiais, admitirem que não têm mais o melhor futebol do mundo. Que não há mais um centroavante genial que decida o jogo a qualquer momento ou um camisa 10 que jogue com a amarelinha o que não faz com a camisa do clube.

Com mais de um ano a frente da Seleção Tupiniquim, Mano Menezes ainda não conseguiu fazer a mesma jogar. E a grande justificativa para isso é que estamos apenas no início de um trabalho - pelo menos foi o que disse Robinho após a eliminação prematura nesta Copa América. Eu não o culpo, afinal ele foi o único que deu a cara à tapa, mesmo que para ser burocrático.
Se com um ano de trabalho ainda não reapareceu o bom futebol, ou sequer uma vitória convincente - com excessão do 2 a 0 contra os EUA na primeira partida pós-Africa - é que há algo muito errado.
Empate com os pequenos e derrota contra os grandes. Se jogar bonito é conseguir estes resultados, que voltem Dunga e Felipe Melo. Assim, ao menos teremos alguma emoção ao assistir os jogos da seleção brasileira.

No entanto, não acho que deva haver uma nova reformulação em meio a mais um fracasso. Neymar, Ganso e cia. têm um futuro brilhante, inclusive vestindo a amarelinha. Principalmente os citados anteriormente, têm talento de sobra para conduzir o escudo da CBF à sexta estrela na Copa de 2014. O que deve-se mudar com urgência é o comportamento, por completo.
O Brasil não é mais o dono do melhor futebol do mundo e, apesar do clichê, não há mais bobo no futebol. A linha que separa a melhor seleção do planeta e a pior, está cada vez mais tênue. É preciso ter muita raça deste o primeiro minuto até o apito final do árbitro, para que aí sim, possamos comemorar algo ao fim da partida.
Precisamos aproveitar as chances! Um toquinho a mais pode complicar todo um trabalho e até mesmo uma carreira brilhante como a que Neymar deve ter pela frente. Abriu, bate! Pula, pula, cai, levanta, vibra e agradece. Aí sim, terás o povo aos teus pés.

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