sábado, 30 de julho de 2011

O poder da Copa do Mundo

É estranho dizer isto, mas... é incrível a atmosfera que uma Copa do Mundo nos trás, mesmo antes de seu princípio, num sorteio de grupos para eliminatórias continentais. São tantos escândalos de corrupção envolvendo entidades como a FIFA e CBF, obras que rolam superfaturadas de lá para cá e vice-versa, atraso nas liberações e tantos outros casos que nos faz, por vezes, pensar se é realmente válido ter um mundial no Brasil.
Em meio a todos estes problemas, começa a cerimônia e a abertura oficial da Copa de 2014 é transmitida pela primeira vez ao mundo. A boca se cala, o coração aperta e uma lágrima cai. Com o maravilhoso hino da FIFA ao fundo, vejo alguns jogadores brasileiros, o zagueiro Puyol, vários outros craques e, por fim, a taça mais valiosa do planeta.

Automaticamente alguns lances aparecem como flash em minha cabeça, lances que representam a verdadeira essência do futebol e de uma Copa do Mundo, tal qual o gol de Carlos Alberto Torres na final de 70, os biquinhos de Ronaldo em 2002, além da genialidade de Iniesta para dar o primeiro título à Fúria em 2010.
Mas não só de lances bonitos são feitas as Copas, há um tempero para que possamos apimentar um pouco mais as partidas. Em 1966, durante a final do torneio, o inglês Hurst chutou, a bola pegou no travessão alemão, caiu fora, e a zaga afastou. Gol dado pelo árbitro e a Inglaterra conquistava seu primeiro mundial. O troco demorou, mas apareceu. Mais de quarenta anos depois, em 2010, Frank Lampard chutou para empatar o duelo válido pelas quartas-de-final, a bola bateu no travessão e atravessou 33 centímetros antes de quicar com muito efeito e voltar para as mãos do goleiro Neuer. Para o desespero do meia autor do gol e de Wayne Rooney, que já comemoravam, o gol não foi validado e a Alemanha goleou por 4 a 1.

E o que dizer do gol? O grande momento do futebol deve ter uma comemoração a altura, ainda mais durante um mundial. Pode ser extravasando, dançando ou gritando, o importante é jogar tudo que está dentro de si para fora, assim contagiando todo o público que assiste ao jogo. A Coca-Cola, as vésperas da Copa da África, produziu uma propaganda brilhante que mostra exatamente o que se passa durante o mesmo. Clique aqui para visualizar o tal.
Só quem já viu um gol de seu time ou de sua seleção em momento de extremo nervosismo é passível de compreensão da loucura que toma conta de um ser humano neste momento. É gol!

Foi dada a largada. Que o Brasil se prepare, dentro de campo comandado pelos garotos e fora pelos dirigentes, para que em 2014 possamos realizar a maior Copa da história e, como disse Zagallo: "Nós vamos vencer!".

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