domingo, 24 de julho de 2011

Si, se puede!

Coisa de louco essa Copa América 2011. Enquanto os favoritos ficaram pelo meio do caminho, coadjuvantes se aproveitaram para obter a glória. Em uma análise pré-torneio, quem ousaria arriscar que o Peru seria o terceiro colocado? Ou pior: quem seria corajoso o bastante para apontar a Venezuela na frente de Argentina e Brasil na classificação final? Tirando os mais otimistas Peruanos e Venezuelanos, ninguém.
"Vamos muchachos! Viva Venezuela! Viva la Vinotinto!" - Até o detestável presidente da Venezuela se rendeu aos bons resultados de sua seleção no twitter. Hugo Chávez, ou @chavezcandanga, enalteceu o bom futebol da Vinho Tinto mesmo após a goleada sofrida para o Peru na disputa do terceiro lugar. - "Se lo merecían, campeonísimos!".

E o que dizer do Paraguai? A seleção de camisa alvi-rubra e calções azuis ficou muito próxima de uma façanha que arranharia o orgulho do bom futebol. Em seis jogos foram cinco empates, uma derrota e absolutamente nenhuma vitória. Mesmo assim, vice-campeã. A seleção Paraguaia chegou a final sem vencer um jogo sequer.
Até que os deuses que protegem o futebol bem jogado decidiram pôr um ponto final na maré de sorte que vivia o Paraguai e, para isso, colocaram a melhor seleção das Américas para encará-la na final, o Uruguai.

A Celeste Olímpica fez por onde conquistar a Copa América 2011. Além de um time que envolve - de diferentes formas - o adversário e sua torcida, o Uruguai tem uma fibra que conquista todos que o assistem jogar. Na final, goleada sobre o Paraguai por 3 a 0, título de melhor jogador do torneio para Luis Suárez e pasmem, troféu fair-play erguido por Diego Lugano. Desfecho perfeito para um torneio tão estranho.
Com a conquista, o Uruguai chegou à 15ª conquista e se isolou como maior vencedor da competição. O título também é outro passo na reconstrução da Celeste bi-mundial, que desde o quarto lugar na Copa do Mundo da África vai retomando seu posto entre as maiores seleções do planeta.

Maluco, as avessas... bizarro! Adjetivos não faltam para qualificar a Copa América da Argentina. Mas sem nenhuma dúvida, o que prevalece entre tantos, chama-se justiça.
O troféu termina em boas mãos, o Uruguai foi o único digno de o levar para casa. Mesmo assim fica o recado: o futebol está cada vez mais equilibrado e todos podem entrar nas competições pensando no título. Sim, todos! Até mesmo vocês, azarões, Argentina e Brasil.

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