sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A volta do Imortal

Um início para animar qualquer um, um meio desesperador, e um final feliz? Parece até roteiro de filme, mas estou falando do 2010 que viveu o tricolor gaúcho. Altos e baixos marcam a temporada que pode ter um desfecho magnífico.

Tudo começa com a chegada de Paulo Silas, treinador que havia alavancado o Avaí do anonimato para uma competição internacional. Apesar das vitórias nas primeiras partidas do Gaúchão, o time não convencia sua torcida, que ficou ainda mais decepcionada após a derrota no Gre-Nal de Erechim. Mas o tempo passou e o imortal justificou o estigma, dando a volta por cima e conquistando o regional contra seu maior rival. Silas e companhia que eram tão criticados surgem então com status de herói.

A ótima campanha na Copa do Brasil também empolgava, torcedores já planejavam a conquista do torneio que não vinha desde 2001. Mas havia um Santos no caminho, ou melhor, Santástico. Munido de Robinho, Neymar, Ganso, André e companhia, os Meninos da Vila eliminaram o Grêmio nas semi-finais, e de uma só vez acabou com toda a moral do grupo.

Começava assim a maior tempestade sofrida pelo Tricolor na temporada. A queda de rendimento no Campeonato Brasileiro era nítida, alguns torcedores mais pessimistas já podiam ver o segundo descenso em menos de dez anos. O ápice da crise chegou na décima terceira rodada, após a derrota para o Fluminense no Olímpico. A 18ª posição na classificação custou os empregos de Silas e Meira.

Tudo que o Grêmio precisava naquele momento aconteceu, a vinda de um salvador, Renato Gaúcho. O homem que havia dado o Mundial de 1983 ao Tricolor agora tinha a missão de tirar o mesmo do buraco. E não é que deu certo? Mesmo após alguns tropeços no começo e muita desconfiança Renato foi desenvolvendo um bom trabalho, com resultados. O time deixou a briga contra o rebaixamento para lutar por uma vaga na principal competição continental. Douglas, Jonas e alguns jogadores contestados intensamente passaram a ser peças importantes no time de Portaluppi e ganharam espaço no coração da torcida.

Tinha tudo pra dar certo, deu errado. Tinha tudo pra dar errado, deu certo. Um ano que tinha tudo para terminar em lágrimas para os tricolores vai terminando muito bem. Seria Renato o responsável pela virada tricolor? A fato é que a reação heróica, assim como a do Goiás em 2003 e a do Fluminense em 2009, servirá como espelho para times que enfrentarem maus momentos daqui em diante.

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